Cabra Offline.

Uma das notícias de hoje é a do fecho, pelo Google, de um blog português, a pedido do Tribunal Judicial de Lisboa.

O blogue http://povoaonline.blogspot.com/, que estava acessível aos internautas, pelo menos desde Maio de 2005, foi apagado sexta-feira pela Google, conta hoje o jornal Público.

A invulgar decisão dá cumprimento a uma determinação das Varas Cíveis de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar intentada pelo autarca social-democrata Macedo Vieira, e pelo seu vice-presidente, Aires Pereira.

Em textos e imagens, o administrador/autor do blogue descreve relações de alegado favorecimento e compadrio entre o requerente e os seus familiares.

Para o tribunal «o fundado receio de lesão grave e dificilmente reparável corresponde ao requisito» das providências cautelares.

Os autores, anónimos, criaram já um blogue alternativo, o povoaoffline, «no sentido de colmatar uma lacuna que existia na blogosfera poveira».

Um blog proibido? Fui logo meter o nariz. Eu e muitos milhares de outros curiosos, de certezinha. Espreitei o novo PovoaOffline, tentei espreitar o agora maldito PovoaOnline e fui até espreitar a decisão do Tribunal que foi comunicada ao google e lá está, claro como água "... sejam notificadas as requeridas para que impeçam, de imediato, o acesso ao blog www.povoaonline.blogspot.com...".
E o Google cumpriu. Impediu o acesso ao blog exactamente nos termos que lhe foi requerido. Nem mais, mas menos. É que os senhores do Google sabem que foi menos, que o blog continua por lá. Fizeram o que lhes mandaram, mas deixaram as outras portinhas abertas, que se quem pede não o sabe fazer então que aprenda.
Vamos então, pela mão do Google, ao Póvoaonline. Sigam-me, e nem precisam de muita atenção, que o caminho é fácil. É o do costume.
www.google.com. Pesquisa. Povoaonline. 9070 resultados e, logo no primeiro, o link para o dito cujo, neste caso, de cujus. Clicar, seguir e lá está

O blogue foi removido

Lamentamos, mas o blogue povoaonline.blogspot.com foi removido. Este endereço não é válido para blogues novos.

Voltemos então atrás. Primeiro resultado do Google. Endereço do blog maldito e, a seguir, en cache. Clicar

Esta é a versão em cache de http://www.povoaonline.blogspot.com/ no G o o g l e obtida em 24 jun. 2008 13:33:09 GMT.

Depois é só ler o que não era suposto ser lido, que os senhores do google são assim, só fazem o que lhes mandam. Não mais e um pouco menos. E deixaram o Póvoa Online ainda por aqui.

Será que a Linha Maginot não ensinou nada aos franceses?

O combate à imigração ilegal é uma das prioridades do presidente francês Nicolas Sarkozy, salienta o diário referindo-se ao cenário de criação de um bunker europeu, o qual contraria as projecções da própria Comissão Europeia de que o bloco economico necessitará de 50 a 110 milhões de imigrantes até 2060, para compensar a tendência de envelhecimento da população e consequente falta de mão-de-obra.

Os planos de Sarkozy sobre a imigração e asilo descartam as regularizações generalizadas de estrangeiros, introduz a identificação biométrica de imigrantes e a implementação de voos colectivos de para expulsar os indocumentados, refere ainda o jornal.

Gostei de ler.

Abusivamente, porque não lhe pedi licença, vou publicar o email que acabei de receber do meu irmão. Veio de Munique, onde ele vive há muitos anos, que já é quase mais alemão que português.

Gostei de ver o resultado de ontem. Ganharam os nossos vizinhos, que ate nao se portaram mal, mas aqui a rapaziada nao deixou de alinhar na festa.

Tinham os condimentos necessarios: estava bom tempo, o pessoal ja estava todo na rua, muita cerveja ja bebida, muita cerveja por beber, por isso mesmo sem vitoria tambem houve festa .. assim e´ que e´.

E enquanto se viam as entrevistas na televisao dos jogadores e do treinador alemao com cara de caso, o pessoal estava todo leopoldstrasse a festejar.

Havia bandeiras espanholas, alemas, turcas,...

A Fifa deveria aprender estas licoes. Afinal o jogo nao e o mais importante.

E caso para dizer: que levem a taca mas que fiquem as canecas....

Borrachos


Continuando, nos temas importantes.
( O futebol acabou não foi?).
Para mim pode ser este,
- internacional
-vive em França num castelo
-inteligente
-tem bom gosto
-entrou em alguns filmes bons
-é muito interessante
-e culto
-da minha idade
-bonito
-do meu signo
-será que não existem mesmo princípes encantados?

Tudo gente séria no clube da Gaija...

Espregueira Mendes, administrador da F.C.P Multimédia, foi condenado a seis anos de choldra por causa de uns alegados (ahahah) desvios de pilim que não era seu.
Do mal o menos: parece que não há árbitros envolvidos na coisa...

As Mulheres e as Compras

Umas lindas flores silvestres, as minhas preferidas. No campo. Agora é Verão! E a foto é do Shark.
Agora para algo completamente diferente.

As mulheres fazem compras por muitos motivos.
O precisarem de roupa é o único que não existe.
Porque roupa têm aos montes, a atulharem os armários e arrecadações, e nem deitam nada fora.
Estar chateada é o motivo principal. Está muito calor, os miúdos foram com o pai e acordei sem vontade de ir à praia. Vou ao centro comercial comprar alimentos ao super.
Olha, promoções! Já começaram! Deixa-me ver esta loja , é de chineses é barata. Que vestidos porreiros e frescos para a praia, dez euros, ena pá! Visto meia dúzia deles e trago dois. Barato! Muito bom!
Depois vou a outra loja mais chique, onde compram a minha mãe e irmã e a senhora conhece-me, diz logo que não tem nada para o meu género, é tudo muito à senhora e também estão já em promoções. Lá começo no paleio, e entra o meu carisma do costume em serviço, já me está a perguntar se quero ficar ali nas férias no lugar dela, a trabalhar. Moi? Quando, agora em Julho?
Mas eu também vou de férias agora! Ela lá diz que se gostar depois posso ficar com os fins de semana e as folgas dela. Moi? Só fui ali comprar roupa, que sei eu de vender? Ela acha que sim.
Tá bem pronto, lá deixo o contacto, e ela vai falar aos donos da loja e dizer quanto me pagariam.
Não contente vou a outra loja mais moderna. A empregada também me conhece, e é daquelas que acham que sabem exactamente o que têm ali que nos ficará a matar. Mas costuma acertar.
Como ela é estilo Kate Moss, acha que eu sou o máximo em tops decotados e mini saias com sandálias altas, ela adorava ser como eu. Imagino que sim. Eu também podia perder unps 5 kg.
Mas viro-me para os bikinis discretos, azuis e tal e ela "não para si tenho este que é a sua cara!"
E lá vem um médio, cor de rosa às bolas brancas. Ok, estou chateada e preciso mesmo de me ver com um bikini numa cabina de provas. É sabido como elas nos favorecem sempre...
É giro é mas médio, vou-lhe buscar o large. É melhor é... Ai fica tão gira! Acha? XL não há?
Ai mas isso assim é que é sexy! Visto o XL. Surpresa, serve! Que gira que fica, e já está em promoção! Está bem, levo, compro sempre um novo todos os anos por isso...
Digo-lhe que lá em baixo me ofereceram emprego na tal loja e ela diz, "mas olhe que é preciso muita paciência e psicologia, nem todas as clintes são fáceis! ". Como eu, que estou menos chateada agora que comprei um bikini às bolinhas... E ela também, que despachou o piroso do bikini à cliente fácil....
PS: isto era um post para mulheres, lamento , boys!

Passatempo de fim de semana



Que país é este? E, já agora, nome do Presidente da República e moeda oficial.





(com um obrigada ao Tio Nelilo, fotógrafo de serviço)

Este também já tratou de ir para Londres.

Luiz Felipe Scolari foi apanhado nas malhas da Operação Furacão. O ex-seleccionador nacional terá recebido de uma instituição bancária elevadas quantias não declaradas ao fisco.
O dinheiro era pago através de uma offshore. A fraude foi detectada a partir do cruzamento de documentação apreendida no banco em causa e na consultora Deloitte.

De quando o meu mau feitio (que é pequeno) chegava depressa à ponta do meu nariz (que é grande).

Nunca mais me voltaram e tirar o tapete de debaixo dos pés com tanta lisura.
Tinha dezoito anos, estávamos a almoçar e eu saltei. Já não sei porquê, mas só podia ser importante. Falei, esbracejei, argumentei e contra argumentei, disse frases importantes que deviam começar todas por "sempre" e "nunca" e acabar em "tenho a certeza absoluta". Falava a sério, muito a sério, como sempre falo nessas alturas, que são poucas, muito poucas, e o tal meu mau feitio (pequeno) estava todo na ponta do tal meu nariz (grande).
Os meus irmãos, mais novos, nem piavam. A minha mãe perguntava a toda a gente se o almoço estava bom, chamava a Adelaide (essa era outra com um mau feitio pequeno como o meu) para servir mais que o senhor engenheiro já tinha o prato quase vazio, contava que tinha encontrado a Isaurinha ao pé da Flora e olhava pelo canto do olho para mim e para ele. Aquilo prometia e os estilhaços iam voar para todo o lado.
Ele, o senhor engenheiro, o meu pai, ia ouvindo e almoçando. Nem um "como?" disse até eu terminar de lhe atirar para o prato todas as razões que tinha, as que julgava ter e ainda as que davam jeito na altura.
Quando parei para respirar, que de vez em quando também respiro, o meu pai, sem quase olhar para mim e, seguramente, sem levantar a voz, atirou a frase mortífera. Nem esperava outra coisa de ti. Tens dezoito anos e tens que fazer as tuas guerras todas. Depois passa-te. A mim também me passou.
E o sacaninha continuou a almoçar como se eu nem ali estivesse. E eu peguei finalmente nos talheres, que posso ter mau feitio, mas burra nunca fui.

E ele tinha razão.
Continuo a ter mau feitio, pequeno, mas já não gasto muito tempo a caçar elefantes no cimo do Evereste com redes de borboletas, que era como na altura descrevia as minhas campanhas (é que até comigo tenho mau feitio). Agora, a maior parte das vezes, oiço, registo, digiro ou não, e sigo em frente. Posso só fazer um pequeno sorriso de escárnio e maldizer, ou escrever um post, mas isso faz menos barulho e sempre me canso menos.

Li há pouco um post da Ana Matos Pires, no Cinco Dias, Um "grupão" de risco, portantos - "na África subsariana concentram-se dois terços dos seropositivos do mundo".
De repente, vi-me numa reunião de há uns dias atrás. Eles eram simpáticos, e gostam muito de mim, e acham que sei o que digo e ouvem-me quando falo. Estávamos no bar de um hotel, a tomar uns cafés e a falar de negócios. Eles tinham chegado de África do Sul, que lá, doutora, já não se pode viver, e queriam começar a comprar umas coisas por aqui. Excelente. Isso sei eu como e a quem. Depois começam a explicar porque lá já não se podia viver. De como há tão pouco tempo havia 25 pretos para um branco e agora havia mais de cem. De como os pretos estão a estragar a terra deles. E de como os pretos e os pretos e os pretos.
E eu continuei a tomar café. Mesmo quando ouvi o remate E ainda diziam que por esta altura estavam todos mortos com SIDA.

O meu feitio continua mau, mas agora também já sei como manter aquele ar de sim, está bem, nem oiço nada apesar de vocês serem uns imbecis. Não gasto tempo com gente assim. Sigo em frente. Mas apanho-os na curva, isso apanho. Que o meu mau feitio continua pequeno e o nariz continua grande. Mas o meu pai tinha razão, com o tempo aprendemos umas coisas, e eu também aprendi a não perder tempo.

Gosto

Gosto de pessoas assim, que me recebem com um sorriso, que falam comigo despreocupadamente, como se me conhecessem há muito tempo. Gosto de pessoas que me perguntam se estou bem, e se o pequeno também, não para fazer conversa, mas porque se interessam. Gosto de pessoas que falam sobre a vida, e se riem dela. Gosto de pessoas que não se importam de esperar um bocadinho, e que nos voltam a receber com um sorriso. Enfim, gosto de pessoas assim…

A Kate é para chamar a atenção...

Ok, as virtudes dos estrangeiros versus portugueses. Seguindo as pisadas do Mix, acho que foi ele, lancei-me numa árdua pesquisa através do Tagged. Pode-se fazer publicidade?
Porque é.... No Tagged inscrevemo-nos e preenchemos um perfil, eu com a Kate dos Perdidos em foto safo-me sempre muito bem.
Não que já o tenha feito antes... Depois podemos por lá uma musicbox com as nossas músicas preferidas, que vamos pescar a outros perfis (é mais fácil), videos, a journal, mas é tudo em inglês, que aquilo é o mais internacional possível.... Ah, e a músic box vai tocando enquanto por lá andamos o que é agradável. De repente fico com o email atulhado, 99 mensagens do Tagged! Lá vou eu ver um por um o que dizem. São as coisas do costume, que sou muito gira e tal, mas não pedem logo o msn. Os mais numerosos são os africanos e árabes. Talvez pela dificuldade em perceber o seu inglês ou francês, descarto-os logo. Eh eh eh. Depois vou conversar com um alemão moreno (parece português), meto-me um bocado com ele por nos terem eliminado no Europeu, pede-me mil desculpas, depois diz que não sabe espanhol, só alemão e inglês por isso temos de falar em inglês. Português , aqui fala-se português! Vou depois ver um francês que me escreve " sa va eta famille tu vas bien jéspere moi je suis en egypte en vacances je veux parler avec toi daccord millle bisous" e vejo logo que ali vai ser uma boa aposta para praticar o meu francês, 12º ano 17 a francês, Alliance Française, etc.... A seguir um que penso ser inglês. Muito giro, 42, loiro, barba, Patrick, fala bem inglês. Mas afinal é Belga, ok, está bem, trabalha na aviação. A seguir pergunta-me se está muito calor aqui em Spain! Olha, lá respondo eu em inglês, se isto é Espanha tu és Francês! Ele ri-se e diz que está no gozo, afinal já cá aterrou muitas vezes, conhece bem Lisboa e Faro, olá, olá.....
Então vejo uma mensagem de um Osama que ao tentar ler diz que vem censurada pelo Tagged. Ah, ah, será o dito cujo? Se calhar queria comprar-me... Nem de propósito, logo a seguir uma mensagem a dizer que fui comprada pelo Uwe (o alemão) como Pet? Mas que é isto? Vou ver, e então eles têm lá uma tabela de amigos e as suas cotações, cada pessoa que se inscreve no Tagged recebe $500 à partida e em cada visita mais $2000...E com esse dinheiro podemos comprar um Pet, que é um amigo nosso do Tagged, ou mesmo que não seja... e ele fica lá na lista como "pertence a..." eh eh eh! Lanço-me imediatamente ao pet Patrick (belga da aviação, que já vale $850), mas logo a seguir é-me roubado por uma americana loira, e ganho $50 de lucro! Mas que é isto, quer luta, "buy back" e volta a ser meu...Depois parece um leilão de escravos, ela é a Kathy e muito possessiva e acaba por me ficar com ele por $1500... Ok, ainda ganhei um dinheirito.
Vou depois ver finalmente um português. Roubo-lhe a music box em peso (gostei de todas as músicas). Ele é loiro e de Lisboa, tem 37 e é simpático, pedi-lhe desculpa de lhe roubar as músicas e ele "tudo pacífico". Yeah, na boa. Conto-lhe as minhas aventuras e ele ri-se e diz que ele é só tailandesas a querem vir cá visitá-lo. Digo que aproveite e ele diz que é loiro mas não é estúpido, depois não descolavam da casa dele... Pois... há esse problema. Pergunto-lhe se já tem dona e diz que ninguém lhe pega. Ora essa, não seja por isso! Descubro que já fui comprada e revendida várias vezes no mercado bolsista dos pets e que por isso recebi não sei quantos $, lá compro o rapaz ($ 500) mas tem $ 35000 em cash! Digo-lhe isso e ele logo "Ena, e onde posso levantar essa guita?", é mesmo português. É virtual meu! Ele é divertido, estava a gozar... Bem, tenho que pesquisar mais. Mas os portugueses também lá estão em grande número e sabem todos que não sou a Kate, parecem mais espertos...Depois vos direi.... Ah, e eu (Kate), já sou um Pet muito caro, tou em 8 na lista...

O debate do século.

Está a decorrer no blog do Shark, pois claro. O mote é simples - será que as mulheres portuguesas têm razões para preferir a comunidade estrangeira?
O Tubarão está por lá, sozinho e já de barbatana alçada, a defender as qualidades intrínsecas dos bons portugas. Eu, nem que fosse só para o deixar a nadar em círculos, o que nem é o caso, defendo com dentes e garras as virtualidades do além fronteiras.
Gaijas, gaijos, façam-se ao bife. Ou às bifas. E digam lá o que vos vai na alma.

Tenho muita pena, mas aqui não tens razão.

Por mais que me digam que sim, esta não aceito. Não, o futebol não são onze de um lado, onze do outro, uma bola redonda e ganham os melhores.
Isso podem ser outros futebóis, o do 1X2 do totobola ou o das apostas da Bwin, mas não aquele que eu vejo. Muito menos aquele que a minha mãe vê.
No nosso futebol a bola é redonda na mesma e, às vezes, ganham os melhores, mas não são onze de cada lado. Não sei quantos são, mas não são onze. Pode até ser só um. Pode ser um Ricardo, no Estádio da Luz, sózinho, sem luvas a marcar o penalty que mandou os ingleses para casa ou, dois anos depois, a defender três penalties em quatro e a atirar-nos para as meias finais do mundial. Ou o Quaresma, a deixar os Belgas e o mundo de olhos cruzados, numa trivela que o Camões cantaria. Ou o Ronaldo, que pronto, até joga, a brincar com a bola como quem brinca com uma pastilha gorila. Ou mesmo um Vitor Baptista a parar os onze todos para procurar um brinco na relva, uma relva muito diferente daquela onde dormia, anos depois, por não ter mais onde dormir. Ou mesmo um FCP inteiro a jogar no meio da neve num Japão longínquo.
Ou posso ser só eu a roer as unhas que nunca roí, a minha mãe a acender velas ao São Mateus, as miúdas a pôrem o santo em cima da televisão ou um português que nunca veio a Portugal a cantar a uns heróis do mar que nem sabe quem são.
Ou podem ser milhares, milhões de turcos, a tentarem defender a rede onde a Alemanha ia marcando os golos. Turcos morenos, pequeninos, feios, pobres, mas que hoje estiveram lá, iguais aos outros que lhes pagam o ordenado e são altos e lindos e loiros. E que não precisavam de ter ganho. Que não podiam ter ganho. Eles já têm os BMW, a Sr.ª Merckel e a sorte da Turquia nas mãos. Esta alegria era perfeitamente escusada. Nem notam, não os aquece nem arrefece, nas suas casas com ar condicionado.
O futebol, este futebol, não são onze de cada lado. São nações inteiras a chorar lágrimas que não precisavam de ter chorado. São turcos que deviam ter ganho, se o deus deles os tivesse ouvido. Que justiça divina era isso.
O resto é futebol, e de futebol não percebo nada.

Será que noto uma critica aqui ou sou só eu que vejo coisas?

É que para o ano há eleições, sabem? Legislativas! Parece que nos vão dar oportunidade de escolher quem faz as leis. Todas as leis. Estas leis. As leis que mandam que sejam os juizes a julgar e os jornalistas a escreverem as notícias. As leis que dizem como, quando e em que medida se julga. As leis que mandam prender e soltar.Somos nós que escolhemos quem as faz e como devem ser feitas, lembram-se? E é nessa altura que devemos e podemos dizer o que nos vai na alma. Ou achavam que era só escolher o senhor mais simpático ou que dava mais canetas e bonés?

Tem piada, porque me parece que quando nos pedem a opinião, à séria, olhamos para o ar e assobiamos de lado. Demitimo-nos dos nossos deveres e depois, como se não tivessemos nada a ver com o assunto, toca de mandar bitaites, que é muito melhor zurzir nos "eles" que assumir as respondsabilidades do "eu".


Albergaria-a-Velha: Presumível autor da morte de adolescente aguarda julgamento em liberdade.

Saiu em liberdade, com obrigação de apresentações periódicas, o homem detido pela Polícia Judiciária como presumível homicida de um adolescente de dezasseis anos, que faleceu no Hospital, após ter sido agredido no fim-de-semana, em Albergaria-a-Velha.

De acordo com a PJ, a vítima foi agredida violentamente na madrugada do último sábado, próximo da sua residência, após ter saído juntamente com alguns amigos de uma festa que tivera lugar no centro de Albergaria-a-Velha. As lesões sofridas na cabeça ter-lhe-ão provocado a morte, apesar de ter entrado ainda com vida no Hospital.

A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro, no desenvolvimento de investigação iniciada imediatamente após ter tido conhecimento do incidente, constituiu arguido e deteve o presumível autor do homicídio, um carpinteiro de 27 anos, emigrante na Alemanha, que terá reagido de forma violenta a um comentário da vítima à sua acompanhante.

Ouvido terça-feira em primeiro interrogatório judicial, foi constituído arguido pela prática do crime de ofensa à integridade física agravado pelo resultado, ficando a aguardar julgamento em liberdade, mas proibido de se ausentar do país e com a obrigação de se apresentar periodicamente à GNR da sua área de residência em Portugal.

O post que me (nos) tirou o sono.

Está lá, guardado nos arquivos. Passou por aqui pouco tempo e ficou à espera de melhor hora. Fui eu que o tirei, quando o vi, apesar de não ser meu. Fiz o que não devia fazer, fiz o que sempre disse que não faria. Mas fiz.

Depois disso foi falado, discutido, esmiuçado. Deu comentários que não chegaram a sê-lo, deu outros posts que parecem vindos do nada. Vieram dele, daquele que continua lá, no arquivo para onde foi.

Todos nós que escrevemos aqui o fazemos por alguma razão. Todos temos alguma coisa que queremos que os outros leiam, ou oiçam.
No post que está nos arquivos está um grito. Um grito igual aos gritos que nós também já demos, mas há muito tempo atrás. Um grito que só é possível ser dado quando se tem 22 anos. Ou 20. Ou 30. Ou o que seja, que estes gritos, apesar de acabarem sempre por sair, não escolhem tempo nem idade. Nem forma. Nem ouvidos.

O post vai deixar de estar nos arquivos. Vem para o sitio dele. Vai ficar aqui, logo por baixo deste. Mesmo que a mim me custe, muito, ler o que lá está escrito.

Baby Sitter, o palco é teu.

Todos deviam ter uma teresa qualquer na vida.

Ter vinte e dois anos é bom e mau (como tudo na vida)
Até porque a vida é boa. Mas também é má. O bom é facil, não custa e quase nunca dói.
Tinha dezassete aninhos, dei a volta a mil e uma situação e embarquei no novo Mundo. Eu, sozinha, à minha responsabilidade. Viver como queria viver. À minha maneira, no meu Mundo (ainda hoje sou assim). A achar que estava preparadissíma para o abraçar.
E até estava. Tive juízo, muito juízo. Não caí em nada que não devesse ter caído e tinha toda a liberdade do Mundo. Fácil, não me dava gozo fazer qualquer coisa que não pudesse fazer. Isso não existia no meu dia-a-dia.
Fui feliz, muito feliz. Nariz empinado, super segura de mim, e com um orgulho imenso por me estava a safar sozinha.
Mas, porque em tudo na vida há um MAS/SE, não tive uma teresa qualquer na vida. Uma mãe daquelas que nos oferecem presentes e dão um beijo de boa noite...
E, hoje, saber fazer isso é complicado...
Um dia caí e desde esse dia nunca mais me levantei.
Continuo a ser segura, mas com mil e duas duvidas. Aquela garra que tinha para lutar e vencer, aos poucos foi-se... Escapou-se-me entre os dedos.
É então que entra uma teresa qualquer na minha vida e me ralha quando tem de ralhar e faz-me rir quando quero chorar.
Mas a força, essa, não mais voltou. E cada dia que passa sinto-a mais perdida!
Agradeço a todas as teresas quaisquer que existem no Mundo.
Fortes, inteligentes, seguras de si mesmas.
Mães que sobrevivem sozinhas, com as proprias sombras e marcas e a saberem que nem tudo está perdido...
Pensei que era assim, mas nem para tudo chega ter vinte e dois anos e ser "bonita".
O levantar, erguer a cabeça, não existe mais.
Desculpem por desiludir. Sei que sempre acreditaram que eu era forte, mas a força alguém a levou.
Não quero, não quero mais continuar aqui, neste caminho.

Por falar em gerações e diálogos e músicas...

Cat Stevens. Father & Son.

Era a nossa bíblia, lembram-se? Agora, a ouvir outra vez, pergunto-me em que acorde, ou que tempo, a minha voz deixou de ser a mais aguda.

Para quem já não se recorda, fica a letra.

Father
Its not time to make a change,
Just relax, take it easy.
Youre still young, thats your fault,
Theres so much you have to know.
Find a girl, settle down,
If you want you can marry.
Look at me, I am old, but Im happy.

I was once like you are now, and I know that its not easy,
To be calm when youve found something going on.
But take your time, think a lot,
Why, think of everything youve got.
For you will still be here tomorrow, but your dreams may not.

Son
How can I try to explain, when I do he turns away again.
Its always been the same, same old story.
From the moment I could talk I was ordered to listen.
Now theres a way and I know that I have to go away.
I know I have to go.

Father
Its not time to make a change,
Just sit down, take it slowly.
Youre still young, thats your fault,
Theres so much you have to go through.
Find a girl, settle down,
If you want you can marry.
Look at me, I am old, but Im happy.
(son-- away away away, I know I have to
Make this decision alone - no)
Son
All the times that I cried, keeping all the things I knew inside,
Its hard, but its harder to ignore it.
If they were right, Id agree, but its them you know not me.
Now theres a way and I know that I have to go away.
I know I have to go.
(father-- stay stay stay, why must you go and
Make this decision alone? )

Senta-te aí

Ontem, já tarde e más horas, li um texto que me deixou a pensar no diálogo de gerações. Rebeldia vs experiência, a urgência de viver vs a calma do ir vivendo.
Lá fui deitar com a música no ouvido que aparece sempre nestas ocasiões - Senta-te aí.
Lembram-se dos Rio Grande? A letra é do João Monge e a quadra chave sei de cor:

Estou cansado, aceita o testemunho
Não tenho o teu caminho para escrever
Tens de ser tu com o teu próprio punho
Era isto que eu te queria dizer

Simples não é?

Às vezes falta-me mesmo a paciência e penso que cabra é pouco - devia ser touro que sempre levava mais imbecis na frente..

Entre as punições virtuais - os arguidos eram acusados de cometer cerca de 60 crimes contra os animais - o tribunal apelou ainda ao Papa Bento XVI "para dar força à bula De Salute Gregi Diminici du Pape Pie V, ainda em vigor e que condena, sem apelo, a tauromaquia". Ao Papa foram ainda pedidas directivas claras para os espectáculos "sangrentos e odiosos, que são as corridas, e devem ser condenados.
Ao fim de quatro horas de audiência, o júri, presidido por Franz Weber - dono da fundação com o mesmo nome e promotora desta acção simbólica -, decidiu ainda solicitar ao Parlamento Europeu a organização urgente de um referendo que permita que "a maioria das pessoas anti-corrida se possa exprimir".
Entre as intervenções, desde a equivalente a uma procuradora do Ministério Público, à advogada francesa Caroline Lanty, passando pelos "advogados de acusação" dos três países da União Europeia onde são permitidas touradas - Portugal, Espanha e França - e pelo advogado de defesa, todos 'condenaram' os 'réus'.
Os jornalistas viajaram a convite da Fundação Franz Weber.

Dois ou três reparos:
- quantas sacas de comida se comprava com o que custou esta palhaçada? Há gente a morrer de fome, não há só touros nas arenas (este está ao nível do tal julgamento, baixinho, portanto!)
- porque será que a Praça de Touros de Albufeira deve ser a que mais corridas faz por ano? Ainda as outras não abriram e já esta está cheia. Será que os algarvios são assim tão aficcionados?
- A Dinamarca não faz parte da UE? Tenho uma vaga sensação que sim. E não é considerada um dos países mais "civilizados" e desenvolvidos do mundo?

Muito bem, fiquem com as Ilhas Feroe. Região Autónoma da Dinamarca. Festa dos Rapazes. E não me chateiem com as touradas do terceiro mundo. Reparem só como aqui são civilizados.












































Comentem isto...


Gajas Nuas


Perdão, chefe, mas achei que assim matava dois coelhos de uma cajadada: os intelectuais via Renoir e os atesoados via Google...

O final do ano lectivo, o final...

Aprendi à minha custa (literalmente) a diferença entre ser professor e dar aulas, se bem que para isso muito ajudou o ter tido excelentes professores.
No liceu, a professora Gabriela de matemática, ainda hoje amiga, o António Limpinho professor de filosofia e que liderava o grupo de teatro, o saudoso João Coutinho (Ti João, também locutor da RTP), que é impossível recordar sem nasalar a voz e lançar um “.. bem vindos ao jogo NBA da semana...” e claro o João Lin Yun que “só” teve a influência de eu escolher o curso que tirei. Depois foi a Faculdade, e aí era cada tiro cada melro, uma ou outra excepção mas tive fantásticos professores.
Foi neste mundo que me habituei a viver, se bem que pelo caminho também fui galardoado com algumas desgraças, mas que nitidamente não eram professores, enfim... davam umas aulas.
Posso dizer que conheço bem o mundo do ensino em Portugal. Quer como utilizador directo (fui aluno por cá e uma barda de anos), quer como agente da acção (fui professor durante outros anos), quer até como observador privilegiado (familiares próximos eram professores e passei horas a apoiar trabalho escolar outros tantos ou mais anos).
Com todo este historial tenho tarimba suficiente para avaliar de cátedra o estado do nosso ensino, das nossas escolas, dos professores, dos empregados, dos mal empregados, dos alunos e do Ministério da Educação (ME).
Onde está o erro deste raciocínio? Simples, na generalização. Não temos escolas boas nem más, temos ambas; não temos professores bons nem maus, temos ambos; e penso que vocês, sem esforço, deduzem o resto desta conclusão. Mas fica de fora o ME. Avaliar? Como? Se é tão simples criticar.
Foi já como professor, junto de colegas e de familiares, que fui percebendo cada vez melhor o que é ser “professor”. É desejo, é vontade, é querer ensinar, é gostar tanto do que se sabe que temos de o dar aos outros. E conheci/conheço muita gente que ainda é professor porque é essa a sua vontade. Não estão lá a dar umas aulas, nada disso. Trabalham horas e horas para ensinar. Trazem para casa montes de gatafunhos que têm que classificar nessa noite, uns vintes que até dá vontade de reler e uns “inventanços” que nem se consegue perceber o que está escrito.
No dia seguinte lá estão outra vez à frente de 30 jovens/hora que os ouvem (uns melhor que outros) e que deles dependem para ter um melhor futuro. Isto que eles (os professores) sabem, isto que eles (os professores) vivem.
Recentemente comecei a perceber alguns sintomas - as coisas não estão bem. E de repente (de repente para mim mas num acumular de desilusões, de descréditos e de muitos espantos) essa vontade inata e indomável de ensinar desmorona. Pessoas que sempre conheci com enorme garra e toda a vontade do mundo para serem professores questionam se não será melhor outra carreira. Anos de estudo, prática, dedicação, seminários, livros, cursos, testes, e montes de pó de giz acumulados, de nada valem.
“Só fico aqui se não encontrar mais nada” – ouvi de quem nunca esperei. Eles, os professores, não querem mais ensinar.
- Mas não ensinam? Não são os mesmos miúdos? Ainda pergunto com alguma esperança. Caramba, se não são vocês... insisto. Nada. O desânimo é mesmo profundo e total.
- Só se não der pá, só se não der... E todos por ali ficámos com os cantos dos olhos demasiado molhados.
Acho que neste caso não é erro generalizar. O ME não está no bom caminho, o nosso ensino não está no bom caminho.
Pelo que percebo o ME está fazer o pior que se pode fazer desta classe: a por os professores simplesmente a dar umas aulas.... e a alguns nem isso.
Iremos perceber o erro às nossas custas (literalmente).

Desculpa lá, Nuno Maia.

... que apesar de não seres o único, bom era que fosses. Calhou só ser contigo a minha embirração de hoje.
Não faço ideia quem seja este Nuno, mas dei por mim a ler o artigo dele e a pensar o que seria isto. Percebo que o Nuno tenha de ganhar a vida, mas tenho a certeza absoluta que deve haver gente muito mais capaz que ele para escrever esta peça e que ele deve estar muito mais vocacionado para fazer uma outra coisa qualquer.
Estamos a falar do JN, não de um jornalinho de escola ou semanário dos escuteiros. Como é que é possível ser tão mau?
Dúvidas? Mau feitio meu? É só ler e apreciar.

Sete indivíduos suspeitos de constituírem o chamado "gangue das picaretas" foram acusados da autoria de 14 assaltos, envolvendo 58 crimes. A designação de grupo deve-se à violência e ao método usado nos assaltos.

Associação criminosa, roubo agravado, furto, posse ilegal de armas e substâncias explosivas, incêndio, falsificação de documentos, receptação e coacção sobre elementos da Polícia Judiciária (PJ) são os ilícitos imputados pelo Departamento de Investigação e Acção Penal do Ministério Público do Porto.

Dos sete arguidos, seis, com idades de 26 a 33 anos, foram postos em prisão preventiva. O líder do gangue tem 27 anos e identifica-se como vendedor de peças automóveis, sendo dono de uma sucata localizada em Felgueiras. Aliás, os arguidos são da região de Felgueiras e Cabeceiras de Basto.

Pelo menos de Dezembro de 2006 a Junho de 2007, o grupo especializou-se em assaltos pelo método de "carjacking" e a carrinhas de tranporte de valores. Contra estes últimos alvos foram cometidos os crimes mais violentos.

De acordo com a acusação do DIAP do Porto, o último e talvez mais marcante aconteceu a 4 Junho do ano passado.

No Itinerário Principal nº 4 (IP4), na ligação de Amarante a Vila Real, quase a chegar a Mesão Frio, os indivíduos seguiam em três carros (BMW, Audi A4 e Volkswagen Polo) e organizaram uma emboscada a uma carrinha da Esegur.

Eram 6.20 horas da manhã, tinha sido tudo planeado ao milímetro, com os carros a virem de diferentes sentidos, tendo em vista a encurralar a viatura, que transportava um total de 558 mil euros em notas.

Com a carrinha já parada, o grupo desatou a disparar e a fazer uso de picaretas e marretas para partir os vidros à prova de bala e intimidar os dois tripulantes.

Estes, porém, conseguiram accionar o sistema de pânico e bloquear a viatura. Não se livraram, porém, de ficar feridos, após a violenta agressão de que foram alvo. Um deles chegou a ficar inconsciente, após ter levado na cabeça uma coronhada de caçadeira.

Frustrado o assalto, o grupo fugiu no BMW até ao local onde tinham outros supostos colaboradores à espera com outros carros para que a fuga fosse perfeita, mesmo perante a avaria de uma das viaturas.

Só que, nesta altura, os suspeitos já estavam a ser investigados. Aliás, já estavam sob escuta. A PJ optou então por seguir os seus passos nos dias a seguir ao crime. E, por exemplo, apanhou o seu líder a confidenciar, por telemóvel, ao irmão, à namorada e a uma amiga, que o assalto tinha sido "um fracasso".

À amiga, que considerava vidente, chegou mesmo a perguntar se iria ter sucesso, caso optasse por executar outro assalto naquela semana...

As detenções aconteceram dez dias depois, tendo sido encontradas, em buscas domiciliárias e em sucatas, vários carros e provas da ligação dos suspeitos aos violentos assaltos.

Exemplo foi o de uma factura de um reboque requisitado após o assalto falhado no IP4.

Outro crime marcante do grupo acontecera a 5 de Abril do ano passado, em Montalegre, Trás-os-Montes.

O alvo foi também uma carrinha de transporte de valores. Em plena estrada nacional, a viatura foi encurralada por três Mercedes e atacada pelos indivíduos encapuzados, armados de caçadeiras e munidos de picaretas e marretas. Levaram 50 mil euros em notas.


E não é que por aqui até percebemos de futebol?

A minha filha mais nova acabou de me informar que o ujfalusi - que tem nome de gente, sim senhor! - não vai ter grandes hipóteses. Que a Turquia tem muitos jogadores lesionados, com vermelhos - mas isso não limpava?- que vai jogar com o terceiro guarda redes e que o ponta de lança alemão (o Torsten?) já recuperou da costela...
Não faço muita ideia do que isto implica, mas que aqui se percebe de futebol, ai isso percebe!

Ainda se lembram do que é um partido político?

Eu quase que não, apesar de ter vivido verdadeiras guerras intestinas por causa deles. E de ter que defender notas, na faculdade, só por ter ficado com labéus (como gosto desta palavra...)
Mas isso eram outras guerras, não eram pai?
Tenho andado hoje a discutir saias e políticas por aqui. E vou continuar, que não sou de me ficar. Mas ainda vira post aqui, que o meu sítio é este e não gosto de desarrumar as casas dos outros.

Eu sei que ainda não perguntaram...

...mas o Zbeb@ está vivo... Só ficou muito traumatizado por a Répública Checa ter sido eliminada e anda sem saber por quem vai gritar Olés. (Olés! Perceberam? Aqui no Cabra somos irmãos de nuestros hermanos, entendido? Bem, a Turquia também me atrai, mas isso era só para chatear os alemães, que sou muito vingativa...)

São João Bonito

Ó meu São João Bonito, bem bonito que ele é,
Bem bonito que ele é,

Com os seus caracois de oiro, e o seu cordeirinho ao pé,
Não há nenhum assim, pelo menos para mim,
Nem mesmo São José.
Santo António já se acabou,
O São Pedro está-se acabar,
São João, São João, São João,
Dá cá um balão para eu brincar.
Ó meu São João Bonito, dos milagres sem igual,
Dos milagres sem igual,
Vem trazer santa alegria, às gentes de Portugal,
Ouve a nossa canção, e livrai de todo o mal,
Meu rico São João.

Os cães e os gatos


Os cães e os gatos dão-se muito bem.
O meu gato sobe ao sítio inacessível onde eu guardara os bifes para o almoço e atira-os ao chão. A cadela come-os e deixa-lhe uns restos.
Brincam muito , sobretudo à apanhada, e se o gato leva uma dentada mais de força surgem logo as unhas de fora e um ganido sentido.
Tanto um como o outro aprenderam depressa as regras de higiene. O gato no tabuleiro de areia e o cão nos jornais da marquise... Só que o gato no seu zelo de limpeza e escavação atira-me as pedras pela cozinha toda e a cadela prefere ir até à rua, onde me puxa em direcção ao parque e aos amigos, quer eu queira, quer não...
São ambos muito fiéis à sua dona e embora durmam muito (como ela), seguem-na por toda a casa, e se por acaso ela tem dores ou chora, entram num estado de aflição impressionante.
Mas os cães e gatos dão muito trabalho, e mordem, roem, arranham, ladram, miam com o cio...
Para muitas pesoas é demais. E nas férias, o que fazer? Levar, ficarem em casa, pagarem a alguém para tomar conta? E é assim que muitos ficam pelo caminho, no alentejo, quando os donos vão para as suas férias de verão para o algarve.
Os cães e gatos não duram para sempre, uns 15 anos, no máximo. O meu último gato estava na minha mãe e adoeceu devagar, de feroz e vivaço tornou-se em meses numa sombra do que era. Quando vim de férias o ano passado e o vi assim , levei-o às urgências do hospital veterinário de S. Bento, onde lhe fizeram uma ecografia. Era um tumor e nada se podia fazer. Aliás ele estava agonizante. O vet perguntou se lhe podia dar uma injecção. Eu disse que sim, e fiquei com ele. Ele demorou mais do que necessitava, talvez para me dar tempo com ele, e eu com o ouvido no seu pescoço, ouvia-o ronronar, arfar e depois parar. Quando o médico chegou já não era preciso, e eu fui à rua levantar dinheiro ao multibanco, pagar a consulta, a cremação e assinar os papéis.
Saí com os ouvidos a zumbir e guiei em transe até casa, sempre com a s lágrimas a cairem sem parar. Só pararam em casa da minha mãe, onde ela diligentemente já fizera desaparecer todos os vestígios do gato. Que era meu e não dela, apesar de lá ter vivido 15 anos, doze sem mim.
O que fiz a seguir foi ir a uma instituição de abrigo de animais com os meus filhos e doar as coisa e comida que restara. Depois fomos à "creche" e vimos os gatitos. Havia três albinos acabados de chegar e eles quiseram logo o mais franzino e barulhento. Meio duvidosa, não fosse ele morrer, lá o trouxe, para nossa casa, onde já estava a cadela de seis meses, preta. Foi realmente amor à primeira vista, com aquele gatito intrépido a explorar a casa seguido de uma cadela a ladrar sem parar, mas a uma distâncoa prudente, já fora educada pelo que morrera.
E pronto. São mais quinze anos de alegrias. Provavelmente até vou eu primeiro.

Um blog também serve para isto.


Gaija, este é para ti.

Se a crise já chegou à Santa Madre Igreja só pode ser grave.


Será que ainda vamos ver uma greve de batinas?

Deve ser da hora...

São horas, meninos... (Outubro de 1971)
(versão a cores que tem mais graça)

Aquele post das Miss Universo...


Percebem? Qualquer Cabra de Serviço é mais gira. (Quer dizer, qualquer qualquer, também não é bem assim, só esta que tem idade para ser nossa filha (ouviste, tubarão?)... ) E agora vou escrever "gajas boas", para termos muitas visitas do Google. E hoje é Domingo, e é Verão, e podemos arraialar...

Cabra (fora) de serviço!












(com os devidos agradecimentos à Daniella, fotógrafa de serviço.)

Olha a novidade!

Meteoritos podem ter estado na origem na origem da vida.

Elementos essenciais à emergência da vida na terra terão vindo do espaço, afirma uma equipa internacional de investigadores que analisou a estrutura de um meteorito caído na Austrália.

A invasão começou lá, mas depressa se espalhou por todo o planeta.
Bem me pareceu ter visto muito homenzinho verde por aí!

Podem fazer milhares, mas esta vai ser sempre a minha música de Verão!

The Carpenters - There's a kind of hush

Gaijas, tenho boas notícias!


Os bikinis são horríveis e o cenário uma desgraça, mas deve ser para as meninas não destoarem.
Isto da Miss Universo já deu o que tinha a dar.

A festa laranja antes da derrota.


Congresso do PSD.

Ferreira Leite diz que acabou o «quero posso e mando» de Sócrates.

Curvas.

Hoje é Sábado e amanhã é Domingo. E eu digo um dia de cada vez, vês?
Mas não, eu não vejo.
E se olhos não vêem o coração não assenta e a pele atormenta.
Hoje é Sábado e continuo cheia de nós.
Num Sul com Norte.

Isto não é o Berço de Ouro


... mas duas cabras juntas é irresistível!

Veremos...


...se chegou o Verão!

As prendas, ou os presentes

Para a semana tenho a reunião com a professora do meu filho, devo-lhe levar uma lembrança ou não?

Uma prenda (prendas do lar, saber passar uma camisa, fazer um jantar...) um presente, estar presente na reunião, eu. A Encarregada de Educação.

Mas dou-lhe o quê? As educadoras eram novas, dava-lhes uns colares da Parfois e dizia que tinha sido o menino que tinha escolhido, caso não gostassem. Como me disse uma que se vestia toda de preto, quando lhe dei uma pulseira azul "dá jeito, quando me vestir de azul...".

A prof. tem mais de 50 anos, dou-lhe flores (detesto dar coisas mortas), uma moldura do seu menino de ouro (ele é que é de ouro, não a moldura), não me cheira.

Devia seguir o raciocínio das pessoas que me dão prendas " Ela tem tudo, que lhe hei-de dar? Nunca a vi com um lenço de seda ao pescoço, é isso mesmo ! " ou " Ela gosta de ler, vou-lhe dar este romance de 800 páginas do Salman Susdie!". Os maridos também recebem coisa úteis, como os roupões. Eles que saltam da cama directos para o duche, café, trabalho, ficam todos satisfeitos com os roupões. Nunca se sabe quando serão hospitalizados, e deambularão com ele pelos corredores, empurrando a aparelho de intravenosa, arrastando os chinelos...

Mas à professora não lhe dou nada, só o meu obrigado por lhe ter ensinado o programa todo do 3º ano, naquela turma de sete meninas e dezasseis rapazes de 9 anos. E ter sobrevivido, os meus parabéns.

A cebola.

O Zé vai fazer 50 anos em Agosto. Dia 13, mais precisamente. Lembrei-me agora do Zé porque me lembrei da tarde em que vinha do liceu e ele me encontrou a meio do caminho. Descemos os dois a avenida. Eu a pé pela rua, ele de bicicleta pelo passeio. Ele a fumar, eu a olhar. Eu com quinze anos e ele com vinte.

Não sei há quanto tempo já éramos amigos, que ele tinha andado por outras paragens, mas sei que ainda hoje somos. E também, ainda hoje, me lembro da pergunta que me fez naquela tarde:
Achas que estás muito diferente de quando tinhas dez anos?

Então não havia de achar? Do alto dos meus 15 anos empertiguei-me ainda mais, engrossei a voz, e mostrei-lhe como era diferente da miúda de 29 quilos.
Nos quilos e no resto as diferenças não deviam ser muitas, mas eram muito estimadas e foram defendidas com bravura. No fim do meu discurso de pride and honor ele empertiga-se também e, nos seus sapientes vinte anos, demonstra-me por dois mais dois, que naquelas idades dão tudo menos quatro, como cinco anos faziam toda a diferença.

Zé, passaram muitos cinco desde aí, e agora é que teimamos em não lhes dar importância e vamos dizendo que o tempo, antigamente, passava mais devagar.
Parece que nascemos como somos e defendemos as cores da nossa camisola com um patético eu sempre fui assim.
Não fui nada. Eu sou, mas não fui. Ainda ontem não era.
Se com os tais quinze anos me visse como sou agora, não sei mesmo se reconheceria a teresa que sempre foi assim. A gaita é que não dei por nada. Se já nem sei qual foi o dia em que deixei de conseguir pegar nas minhas filhas ao colo. E as duas ao mesmo tempo. Um grama hoje, uma chatice amanhã, uma pessoa que se cruzou connosco ontem, bater, envolver e lá está uma broa onde antes só havia farinha e água. E depois de feita passou a ser. E o que é passou a foi.
Mas não foi!
Ontem, por um tropeção qualquer num relógio daliniano, que esquinou tempos e vidas, vi a teresa que era. E que fui. E que debaixo destas cascas todas, ainda sou. Que posso bater e envolver e cozer, mas a água e a farinha vão estar sempre cá. Talvez haja quem chame a isso alma. Eu não sei que lhe chamar, mas a tal teresa, com mais ou menos quilos, pó, sorrisos e rasgares de peito, rugas nos cantos dos lábios e dias nos cantos dos anos, gente passada, cruzada e esquecida, quilómetros nas pernas ou distâncias nos olhos, ainda é a mesma miúda que um dia desceu a avenida a pé pela estrada com o Zé de bicicleta pelo passeio.
Apesar de dizer que sempre fui assim, com estas cascas todas que já não sei de onde vieram, mas que um dia, como no de hoje, abrem um bocadinho e deixam ver para além do que já quase ninguém vê.
Quase ninguém.

Sherwood - versão Jardins de S. Bento

Sócrates estuda hipótese de criar taxa «Robin dos Bosques»

O primeiro-ministro, José Sócrates, revelou hoje em Bruxelas que Portugal está a estudar a possibilidade de aplicar a chamada taxa «Robin dos Bosques», que permitirá subir os impostos às petrolíferas e aplicar a verba obtida em apoio social.

E porque não o imposto João Pequeno (assim tipo: pequeno no nome mas gordinho no ser)?

Ou a contribuição Lady Miriam (assim tipo: bonitinha mas do lado dos ricos)?

Talvez até uma recolha Frei Tuck... Só para a religião não ficar de fora.

Ah, Grande Sheriff de Nothingam que nós temos.

PSD quer mostrar que é uma alternativa de poder

E as três alas do PSD já têm as respectivas propostas prontas para serem apresentadas no Congresso, que hoje começou em Guimarães.
Pragmática, MFL avança com a moção "Mal por mal, votem em nós".
Pedro Passos Coelho, o quase líder, quase poder e quase grande, joga todos os seus argumentos com a sensata alternativa "Do mal o menos, que sempre sou mais baixo".
Finalmente, Santana Lopes, o guerreiro menino, atira-se ao partido, ao país e ao mundo, num estilo floral e apaixonado, defendendo as razões do "Mal-o-querem, Bem-me-querem."
E nós, país, aplaudiremos de pé tanto empenho, amor e arte.

Apelo.

Se houver por aí algum físico mais disponível pode-me explicar, bem explicadinha, a teoria dos wormhole?
É que eu tenho a certeza absoluta que fiz uma qualquer viagem no tempo, tenho dezoito anos outra vez e juro, a pés juntos, que ele é o único e o mais lindo miúdo do mundo!

Grande Sérgio!

(...)
e a tempestade deixa o mar encrespado

por isso cuidado
mesmo muito cuidado
que é fragil o pano
que veste as velas do desengano
que nos empurra em novo oceano
fragil e resistente ao mesmo tempo

Mas isto é um canto
e nao um lamento
ja disse o que sinto
agora façamos o ponto
e mudemos de assunto
sim?

Estamos, finalmente, no pelotão da frente.

E, mais uma vez, o país inteiro em pouco ou nada colaborou, dificultando até o enorme esforço daquele punhado de homens valentes que nos ofereceu um lugar na História ao lado da França e da Inglaterra.

FOMOS BURLADOS!

Caros amigos, foram nem mais, nem menos que 1 800 000 Contos!

É isso mesmo, não há engano! Foi esta a quantia que, em cinco anos, os portugueses ofereceram de mão beijada ao Sr. Scolari. Isto tudo, pelo Segundo lugar no Euro 2004, pelo Quarto lugar no Mundial de 2006 e pelos Quartos de final do Euro 2008. Fantástico!

Foi com muita mágoa que vi a nossa selecção ser afastada do Euro, muita mesmo! Acima de tudo, sou um grande patriota! Mas é com muita alegria que contemplo que o Sr. Scolari vai deixar de nos roubar e vai fazê-lo agora para os nossos eternos rivais Bifes!

Agora sim! Agora sou um apoiante incondicional do Sr. Scolari! Vai Scolari, vai chupar quem tem as mamas grandes!

E tenho dito.

Por eso se oye este refrán,
que viva España,
y siempre la recordarán,
que viiva España.

La gente canta con ardor,
que viva España,
la vida tiene otro color,
España es la mejor.

Muito pastelinho de bacalhau eu devo andar a pagar.


Que isto era assim nunca tive grandes dúvidas, que, como dizia o outro, é só preciso fazer contas. A minha dúvida é o que terão feito com os três mil euros cá de casa. Será que fomos nós que pagámos os golfinhos da rotunda? A ser assim, podiam ter perguntado antes. Por aqui teriamos preferido que fizessem, à nossa conta, claro!, o campo de basquete lá na escola. É que os miúdos estão fartos de pedir e parece que não há dinheiro...

Nanysex. Ou será Álvaro Iglesias Gómez? Ou será fdp?

Notícia de jornal. E sem comentários.

Em pleno tribunal em Madrid, o pai de um menino abusado sexualmente por Nanysex não se conteve e deu um murro no pedófilo. Mais tarde, o homem que na segunda-feira admitiu ter abusado de cinco bebés de um e dois anos voltou a ser agredido, desta vez pelos arguidos que partilhavam a carrinha da polícia que o levou à prisão de Alcalá Meco. Já na cela, escapou por pouco à fúria dos reclusos que atiraram para o interior uma toalha a arder. Estes actos de violência, comuns contra suspeitos de abusos sobre menores, levaram a defesa a pedir medidas de segurança reforçadas para proteger o seu cliente.

Nanysex, nome pelo qual Álvaro Iglesias Gómez era conhecido entre os pedófilos na Internet, foi detido em Maio de 2005 no âmbito da operação Kova da polícia espanhola. A quantidade de pornografia infantil que Nanysex difundia online fez dele um ídolo entre a comunidade que frequenta estes site. O antigo funcionário de uma loja de informática, que trabalhava como babysitter nas horas vagas, terá sido apanhado quando tentou partilhar as gravações dos seus abusos com pedófilos estrangeiros, revelou um polícia, citado pelo El Mundo. Uma das vítimas era o filho de Fernando G., o homem que agrediu Álvaro Iglesias Gómez no tribunal e que em 2003 o contratara para tomar conta do menino.

Durante o julgamento, Nanysex manteve-se sempre frio e tranquilo. Depois de admitir ter abusado de cinco bebés de um e dois anos, o homem de 25 anos disse-se disposto a aceitar a castração química "se necessária". Segundo o El Mundo, o alegado pedófilo só fez uma exigência para se submeter ao tratamento: que fosse provado que este poria fim ao seu desejo sexual e aos seus problemas psicológicos.

17 - Qualquer miúdo devia fazer uma caminhada ao luar.

Vim agora da rua, que aqui não é rua nenhuma, é campo a perder de vista. Andei a passear. Sem luzes, sem neons, sem barulhos de carros e apitos de sirenes. Sem montras para ver, sem gente a cruzar-se comigo, sem semáforos a mandarem-me atravessar e sem destino marcado. Estava eu, os cães, os mochos, as cigarras, os patos do lago que fogem assim que me vêem - gosto de lhes atirar pedradas para os ver mergulhar de repente... - e a lua.
Está uma lua cheia de rebentar corações e aquecer almas. E, aqui, fica mais cheia e mais lua. E os corações e as almas rebentam e aquecem ainda mais.
De alma aquecida e coração rebentado, ou o contrário, lembrei-me, agora que aqui cheguei, de um livro.
Comprei há muito tempo, mas já na altura não havia muito mais para fazer, que estava quase tudo feito. Chama-se "91 Coisas que todos os miúdos deviam fazer". A 17 é o título deste post. Mas há mais, muitas mais.
Por cá já demos muitos passeios ao luar. Com chuva, muita chuva, com calor, com nada. Passear, só por passear. E elas habituaram-se a esta mãe estranha, que as arranca de casa a meio da noite para andar por aí. E se está a chover melhor, que a mãe ainda fica mais estranha e a aventura maior.
As férias estão a começar. Os miúdos vão ser empacotados e despachados, aturados, embalsamados, encaixados em frente de televisões e playstations, vão dar cabo de nós e nós deles.
Pode é não ter de ser assim. Ainda há mais noventa coisas que todos os miúdos deviam fazer. E mais luas cheias. E garanto que, se a meio da noite e da novela, forem tirados de casa para passearem ao luar, eles só vão agradecer. Mesmo que ainda não o saibam.
As outras coisas irão saindo também por aqui, que as férias são grandes, muito grandes.
São As férias grandes, lembram-se?

Mergulho de cabeça nos pêlos dos arquivos e um post do tamanho de um lençol.

Depilações a laser sem regulamentação e controlo.

Ao ler esta notícia pensei logo que razão tem quem diz que a imprensa está a ser ultrapassada pela blogosfera. Depilações? Agora é que se lembram disso? Isso já nós sabiamos por cá, não era Shark? E hoje ando mesmo a atirar para o Charquinho. Fica mais um post do Shark. Mas desta com o meu comentário. Revisto, claro, que escrever com erros só nos blogs dos outros...


AGORA É MUITO MAIS BARATO...
...Fazer depilação definitiva.
Fiquei a sabê-lo a partir de um folheto que encontrei na minha caixa de correio (não são só os meus grandes amigos dos hipermercados e das caixilharias de alumínio que me escrevem, julgam o quê?).
Mas a cena posta assim nem teria chamado a minha atenção, cada um depila onde gosta. O busilis está no facto de o folheto ser concebido para as meninas e para os meninos também. Com tabela de preços e tudo.

E na tabela de preços fico a saber quanto custa ser metrossexual. Por exemplo, depilar meio tórax custa €140 e por isso mais vale fazer uma carecada completa que fica por €230. O mesmo não acontece com os glúteos. Meios glúteos custa precisamente metade da geraldina na região.
Virilhas totais, e eu não sei se quero saber exactamente o que se entende por "totais", custa apenas €180 e não percebo como é que ainda há neandertais como eu, cheios de pelos numa zona que se quer lisa e pueril nos dias que correm.

Mas aquilo que mais me desanimou e inibiu de enveredar algum dia na onda depila foi o preço das pernas completas: €600!
Cento e vinte contos??? Só se for para um gajo poder participar num bacanal (toda a gente usa orgia e eu gosto de variar) onde nunca se distinga quem é quem (ou o quê) no meio da salganhada e sermos todos/as como irmões com as peles de bebé que a alguém devem interessar ou a malta não se vinculava a uma dose mensal de tosquia recomendada (rosto) ou bimensal (corpo) que feitas as contas custam os olhos (e não apenas os pelos) da cara.

Agora é muito mais barato e definitivo (para quê então as "sessões" posteriores?), diz o folheto.
Mas na penugem deste tubarão conservador não tocavam nem que fosse de borla...

E comentei, claro que comentei. E lá ficámos, eu e o Shark, unidos para a vida por um punhado de pêlos, que a nossa história de amor quase que começou aqui, que a seguir deu-me um chuto da caixa de comentários lá do Charco, que se quisesse escrever tanto que fizesse um blog só pra mim, ora pois... E eu fiz!

"Segura-te. Senta-te. Pôe o cinto. Estás inabalável? Então é assim. Também já fui anjinha como tu e li esses folhetos com esses preços. Até tinham uma promoção e tudo, qualquer coisa como axilas+perna=buço grátis. Ora eu, que sou gandaresa e até tinha umas moedas no mealheiro, pensei cá para os meus pelinhos que estava na hora de nos separarmos de vez e cada um seguir a sua vida.
Apresentei-me à hora certa no local combinado, munida da amiga da praxe, que mulher nenhuma vai para uma coisa destas sem levar outra pata atrás e até lhe chama amiga se preciso fõr, e preparei-me mentalmente para a vida nova sem pelos, penugens e hoje não dá que tenho um trabalho para acabar, mas estou é cheia de pelos e não posso dizer.
Tal como me tinham prometido no eloquente folheto foi rápido, muito rápido. Demorou menos do que demora a contar. Entrei e a gaja da bata branca puxa da gilete - porra, gilete? Mas, mas, mas, gilete?? Olhe lá, senhora, gilete? Sim, mas pois e o chegar à raiz e coisa e tal e rapar primeiro, e prontos, avance a gilete. Trás, estava a gilete em acção, sem ver água quanto mais aqueles cremes dos anuncios, e agora sem pêlo venha de lá a lanterninha do chinês, ponha os óculos por causa das radiações, zuca zuca, passa para cima e agora para baixo e já está pode ir embora.
Não, não podia ir embora. Faltava a tal parte que prometiam não existir - a dôr. Sim, daquelas dores lancinantes e que nos dividem em dois, que vêm do fundo das entranhas e tentam rasgar a pele sem conseguirem sair. Dores vermelhas, que dores azuis são os entalanços de dedos e caneladas nas mesas.
Ora está a ver como fica muito mais leve, diz a recepcionista vampiresca, passe lá os trezentos euritos e venha cá outra vez para mais uma sessão daqui a um mês.
COMO???? OUTRA SESSÂO???? Mas não era definitivo, de vez, vão-se e não voltam, técnica das técnicas? Aquelas moedas todas em cima do balcão não pagavam o adeus ó pelos nunca mais vos vejo façam boa viagem?? Não, minha querida - é aqui que passamos todas a queridas - é sempre preciso mais que uma sessão que batáti bátáté, mas não se preocupe, que ligamos para o telemóvel a lembrar da próxima...
Sabes aquele português vernáculo que todos sabemos mesmo quando fazemos de contas que não? Ainda hoje acho que a minha resposta foi um pouco pior... mas está tudo bem agora, já lá vão uns anos, continuo de pedra e cal com todos os meus indefectiveis pelinhos, e quando penso que paguei aquele horror de dinheiro por umas rapadelas de gilete rasca já nem tremo de dôr, que tudo isso ficou enterrado nos copos valentes que eu e a anacleta de serviço bebemos logo a seguir e nas gargalhadas que damos cada vez que nos lembramos do dia em que quisemos ser marilyns."

Notícias do Euro.

O médio alemão Torsten Frings está em dúvida para o jogo dos quartos-de-final do Euro 08, quinta-feira, contra Portugal, devido a uma fractura numa costela, anunciou hoje a Federação da Alemanha.
Não sei como terá sido que partiu a costela, mas se tiver uma namorada portuguesa posso tentar adivinhar. É que estes alemães, por incrivel que pareça, têm costelas muito frágeis.

Guarda-redes da Alemanha diz que sabe como parar Cristiano Ronaldo.
Duas gémeas, alemãs, 18 anos, mamas grandes, encostadas às traves da baliza?

A Grécia despede-se hoje do Euro 2008...perdida a qualificação e o título, (...) os ainda campeões já só têm uma coisa a preservar - a honra.
A França metia pena, os seus adeptos já gritavam "à la maison"...
Gosto quando me sinto vingada...

Alemão Franz Beckenbauer diz que a selecção nacional é uma das grandes favoritas. Hagi e Romário concordam.
Sempre soube que ter mais de 40 anos pode enfraquecer as pernas, mas dá experiência de vida e uma imensa sabedoria.

Isto é serviço público.

"Nunca como nos últimos seis meses tomei contacto com tanto desencanto relativamente a nós homens, generalizando, por parte das piquenas (generalizando outra vez)."

Um brilhante post do Shark, lá no sítio dele, e onde podem e devem acabar de ler as razões do tubarão.

Depressão Pré-Férias

Hoje começaram a trazer dossiers para casa, trabalhos de EVT, e só falta uma semana e vão estar todo o dia em casa com a mãe! Que bom!
A mãe que é professora free-lancer/doméstica, vai ter os seus dois filhos de menos de dez anos, dois gatos e um cão o dia inteiro nos calcanhares a pedirem comida, atenção!
As saídas para reabastecimento vão incluir as paragens nos Mc Donalds, e quantos Big Macs serei capaz de engolir numa semana? Em casa estão a encher-se de bolachas nos pc's e de açúcar até chegarem a um grau de excitação em que só saltam nos beliches, tentando alcançar o candeeiro e partir uma perna.

As amigas eclipsaram-se para as terreolas ancestrais e os avós, e as solteiras estão a trabalhar ainda.

Na rua está sempre demasiado calor, e claro, podemos ir no carro para uma das praias perto de Lisboa.

Boa vamos nessa! Que fixe! Logo de manhã, que eles acordam cedo, toca a arranjar sandes e sacas de baldes e pás, e chapéus e toalhas e pranchas de bodyboard e bóias, e lá vai a mãe sem tomar café, a atrofiar com as lutas fraternais no banco traseiro, e a pensar, mas para que me dou ao trabalho se daqui a um mês estarão todos os dias na praia, no Algarve ?

Mas depois de chegar e me instalar na areia, olho para eles com as pás e penso, "são só mais dois ou três anos e estas adoráveis criancinhas vão querer é distância..." e o urso rabugento vai poder descansar até fartar, fartar, fartar.....

Uma lição de vida.

Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe.

A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio.Todos estiveram de acordo em dizer que “Sim”.O professor pegou então numa caixa de fósforos e vazou-a dentro do frasco de maionese.Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe.O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram aresponder que “Sim”.

Logo, o professor pegou numa caixa de areia e vazou-a dentro do frasco.Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio.Os alunos responderam-lhe com um “Sim” retumbante.

O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia.

Os estudantes riram-se nesta ocasião.

Quando os risos terminaram, o professor comentou: Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes, a família, os filhos, a saúde, a alegria, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdêssemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia. Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas. Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida. Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes. Presta atenção às coisas que realmente importam. Estabelece as tuas prioridades, e o resto é só areia.Um dos estudantes levantou a mão e perguntou: - Então e o que representa o café? O professor sorriu e disse: Ainda bem que perguntas! Isso é só para lhes mostrar que por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, sempre há lugar para tomar um café com um amigo.

Só falta a selecção perder e passamos a falar espanhol.

Produção de Licor Beirão está parada há uma semana